A Noruega é como um dia sem fim no verão: a luz parece nunca acabar e, no entanto, está em constante mudança, banhando fiordes, florestas e montanhas com cores sempre novas. A primeira vez que me sentei junto a um lago norueguês com o meu caderno de esboços, senti como a paisagem desafiava não só os meus olhos mas também a minha imaginação. O ar estava limpo, a água reflectia o céu num azul tão profundo que parecia quase irreal. Nesse momento, compreendi porque é que os artistas noruegueses tentam sempre captar o incompreensível - a luz, o silêncio, a vastidão.
A pintura norueguesa caracteriza-se por uma profunda ligação à natureza, mas é muito mais do que uma mera representação de paisagens. Edvard Munch, cujo "Grito" é atualmente um dos quadros mais famosos do mundo, captou os medos e anseios existenciais do seu tempo nas suas pinturas a óleo e gravuras. No entanto, a história da arte norueguesa não é um monólogo, mas uma conversa polifónica: Enquanto as cores de Munch rolam pela tela como ondas agitadas, Harriet Backer procurava a magia tranquila do quotidiano nos seus interiores, o jogo de luz e sombra numa toalha de mesa, a cintilação do sol da tarde numa parede. E depois há Nikolai Astrup, cujos guaches e xilogravuras não só retratam a paisagem norueguesa, como quase a fazem brilhar - como se tivesse misturado o segredo do sol da meia-noite nas suas cores.
O que muitas pessoas não se apercebem: A cena artística norueguesa esteve desde cedo aberta a influências internacionais, mas manteve-se sempre idiossincrática. Artistas, poetas e fotógrafos reuniam-se nos estúdios de Christiania (atual Oslo) para discutir o Impressionismo, o Simbolismo e as possibilidades da nova fotografia. A fotografia foi reconhecida como um meio artístico na Noruega surpreendentemente cedo - já no século XIX, pioneiros como Marcus Selmer fizeram experiências com a luz e a composição para captar a beleza crua da costa norueguesa. Mais tarde, no século XX, fotógrafos como Tom Sandberg captaram a melancolia e a claridade do norte a preto e branco, como se cada imagem fosse um poema de luz e sombra.
A arte norueguesa é como o próprio país: cheia de contrastes, por vezes severos, muitas vezes surpreendentemente delicados. Fala do silêncio e da tempestade, da solidão e da comunidade, do desejo de luz nas longas noites de inverno. Qualquer pessoa que se envolva com a arte norueguesa descobrirá não só paisagens grandiosas, mas também as nuances tranquilas da experiência humana - captadas a óleo, aguarela, desenho, fotografia e gravura. É uma arte que não chama a atenção para si própria de forma ruidosa, mas convida o espetador a olhar mais de perto - e talvez a descobrir um pedaço da alma norueguesa.
A Noruega é como um dia sem fim no verão: a luz parece nunca acabar e, no entanto, está em constante mudança, banhando fiordes, florestas e montanhas com cores sempre novas. A primeira vez que me sentei junto a um lago norueguês com o meu caderno de esboços, senti como a paisagem desafiava não só os meus olhos mas também a minha imaginação. O ar estava limpo, a água reflectia o céu num azul tão profundo que parecia quase irreal. Nesse momento, compreendi porque é que os artistas noruegueses tentam sempre captar o incompreensível - a luz, o silêncio, a vastidão.
A pintura norueguesa caracteriza-se por uma profunda ligação à natureza, mas é muito mais do que uma mera representação de paisagens. Edvard Munch, cujo "Grito" é atualmente um dos quadros mais famosos do mundo, captou os medos e anseios existenciais do seu tempo nas suas pinturas a óleo e gravuras. No entanto, a história da arte norueguesa não é um monólogo, mas uma conversa polifónica: Enquanto as cores de Munch rolam pela tela como ondas agitadas, Harriet Backer procurava a magia tranquila do quotidiano nos seus interiores, o jogo de luz e sombra numa toalha de mesa, a cintilação do sol da tarde numa parede. E depois há Nikolai Astrup, cujos guaches e xilogravuras não só retratam a paisagem norueguesa, como quase a fazem brilhar - como se tivesse misturado o segredo do sol da meia-noite nas suas cores.
O que muitas pessoas não se apercebem: A cena artística norueguesa esteve desde cedo aberta a influências internacionais, mas manteve-se sempre idiossincrática. Artistas, poetas e fotógrafos reuniam-se nos estúdios de Christiania (atual Oslo) para discutir o Impressionismo, o Simbolismo e as possibilidades da nova fotografia. A fotografia foi reconhecida como um meio artístico na Noruega surpreendentemente cedo - já no século XIX, pioneiros como Marcus Selmer fizeram experiências com a luz e a composição para captar a beleza crua da costa norueguesa. Mais tarde, no século XX, fotógrafos como Tom Sandberg captaram a melancolia e a claridade do norte a preto e branco, como se cada imagem fosse um poema de luz e sombra.
A arte norueguesa é como o próprio país: cheia de contrastes, por vezes severos, muitas vezes surpreendentemente delicados. Fala do silêncio e da tempestade, da solidão e da comunidade, do desejo de luz nas longas noites de inverno. Qualquer pessoa que se envolva com a arte norueguesa descobrirá não só paisagens grandiosas, mas também as nuances tranquilas da experiência humana - captadas a óleo, aguarela, desenho, fotografia e gravura. É uma arte que não chama a atenção para si própria de forma ruidosa, mas convida o espetador a olhar mais de perto - e talvez a descobrir um pedaço da alma norueguesa.