Uma suave névoa paira sobre as suaves colinas do Wachau, enquanto a luz do sol da manhã banha o Danúbio em ouro líquido - uma imagem que permeia não só a paisagem, mas também a alma da arte austríaca. Na Áustria, a arte é sempre um espelho de contrastes: A claridade alpina e a opulência barroca, o esplendor imperial e a intimidade burguesa, a melancolia e a alegria de viver encontram-se aqui. Os artistas deste país sempre se inspiraram na natureza, na música e na mudança social - e criaram obras que irradiam muito para além das suas fronteiras.
Quando se pensa na pintura austríaca, sente-se imediatamente a tensão vibrante entre a tradição e os novos começos. Gustav Klimt, por exemplo, cujo "O Beijo" é atualmente considerado o epítome da Arte Nova, inspirou-se nos mosaicos bizantinos e na sensualidade dos salões vienenses. As suas pinturas a óleo douradas e cintilantes não são apenas decorativas, mas também falam de desejo, erotismo e da busca do absoluto. Egon Schiele, o jovem contemporâneo de Klimt, aventurou-se ainda mais: Com linhas nervosas e cores expressivas, desnudou a existência humana como se quisesse virar o mais íntimo para fora. Até hoje, as suas aguarelas e desenhos têm o efeito de um choque elétrico - cru, vulnerável, intransigente.
Mas há muito mais na história da arte austríaca do que os famosos nomes do modernismo vienense. Já no século XIX, pintores como Ferdinand Georg Waldmüller e Rudolf von Alt procuravam novas formas de captar a luz e a atmosfera das paisagens alpinas. As suas aguarelas e guaches são de uma precisão quase fotográfica e, no entanto, ressoam com uma poesia tranquila que eleva o quotidiano ao sublime. Mais tarde, no século XX, Viena tornou-se palco de experiências radicais: Os Actionistas Vienenses, por exemplo, liderados por Günter Brus, ultrapassaram os limites do representável com os seus desenhos e gravuras e questionaram o papel do artista numa sociedade em mudança.
A fotografia encontrou desde cedo apoiantes entusiastas na Áustria. A lendária Wiener Werkstätte, um centro de artes aplicadas, já estava a fazer experiências com fotogramas e colagens por volta de 1900. Mais tarde, fotógrafos como Trude Fleischmann moldaram a imagem da mulher moderna, enquanto Inge Morath viajou pelo mundo com a sua máquina fotográfica, mantendo sempre um toque de melancolia austríaca nas suas fotografias. Menos conhecida, mas ainda mais fascinante: nos anos 70, foi criada em Graz uma das primeiras galerias de fotografia da Europa, que ainda hoje é considerada um núcleo de arte fotográfica inovadora.
A arte austríaca é um caleidoscópio de cores, formas e emoções - por vezes delicada e tranquila, por vezes agitada e provocadora. Fala da procura de identidade no meio de convulsões, do amor pela natureza e pela música, do desejo de ornamentação e do poder de redução. Quem se envolve com esta arte sente não só a história de um país, mas também o desejo insaciável dos seus artistas de tornar visível o invisível. A atitude austríaca perante a vida vive em cada pincelada, em cada linha, em cada reflexo de luz - um sentimento que pode ser redescoberto vezes sem conta em gravuras, reproduções e fotografias.
Uma suave névoa paira sobre as suaves colinas do Wachau, enquanto a luz do sol da manhã banha o Danúbio em ouro líquido - uma imagem que permeia não só a paisagem, mas também a alma da arte austríaca. Na Áustria, a arte é sempre um espelho de contrastes: A claridade alpina e a opulência barroca, o esplendor imperial e a intimidade burguesa, a melancolia e a alegria de viver encontram-se aqui. Os artistas deste país sempre se inspiraram na natureza, na música e na mudança social - e criaram obras que irradiam muito para além das suas fronteiras.
Quando se pensa na pintura austríaca, sente-se imediatamente a tensão vibrante entre a tradição e os novos começos. Gustav Klimt, por exemplo, cujo "O Beijo" é atualmente considerado o epítome da Arte Nova, inspirou-se nos mosaicos bizantinos e na sensualidade dos salões vienenses. As suas pinturas a óleo douradas e cintilantes não são apenas decorativas, mas também falam de desejo, erotismo e da busca do absoluto. Egon Schiele, o jovem contemporâneo de Klimt, aventurou-se ainda mais: Com linhas nervosas e cores expressivas, desnudou a existência humana como se quisesse virar o mais íntimo para fora. Até hoje, as suas aguarelas e desenhos têm o efeito de um choque elétrico - cru, vulnerável, intransigente.
Mas há muito mais na história da arte austríaca do que os famosos nomes do modernismo vienense. Já no século XIX, pintores como Ferdinand Georg Waldmüller e Rudolf von Alt procuravam novas formas de captar a luz e a atmosfera das paisagens alpinas. As suas aguarelas e guaches são de uma precisão quase fotográfica e, no entanto, ressoam com uma poesia tranquila que eleva o quotidiano ao sublime. Mais tarde, no século XX, Viena tornou-se palco de experiências radicais: Os Actionistas Vienenses, por exemplo, liderados por Günter Brus, ultrapassaram os limites do representável com os seus desenhos e gravuras e questionaram o papel do artista numa sociedade em mudança.
A fotografia encontrou desde cedo apoiantes entusiastas na Áustria. A lendária Wiener Werkstätte, um centro de artes aplicadas, já estava a fazer experiências com fotogramas e colagens por volta de 1900. Mais tarde, fotógrafos como Trude Fleischmann moldaram a imagem da mulher moderna, enquanto Inge Morath viajou pelo mundo com a sua máquina fotográfica, mantendo sempre um toque de melancolia austríaca nas suas fotografias. Menos conhecida, mas ainda mais fascinante: nos anos 70, foi criada em Graz uma das primeiras galerias de fotografia da Europa, que ainda hoje é considerada um núcleo de arte fotográfica inovadora.
A arte austríaca é um caleidoscópio de cores, formas e emoções - por vezes delicada e tranquila, por vezes agitada e provocadora. Fala da procura de identidade no meio de convulsões, do amor pela natureza e pela música, do desejo de ornamentação e do poder de redução. Quem se envolve com esta arte sente não só a história de um país, mas também o desejo insaciável dos seus artistas de tornar visível o invisível. A atitude austríaca perante a vida vive em cada pincelada, em cada linha, em cada reflexo de luz - um sentimento que pode ser redescoberto vezes sem conta em gravuras, reproduções e fotografias.